Hello. It's me again. It's late and I'm blogging ...
Descobrir o que se quer fazer da vida não é uma tarefa fácil. É sem dúvida para homens e não para meninas, and that's my problem.
Último ano do liceu: melhores horários, mais tempo livre, mais facilidades, viagem de finalistas, melhores notas, etc. Estes são alguns dos grandes e tão falados benefícios do ultimo ano do High School. Mas há algo que se esquecem, que quero relembrar, que é importante e que me tem atordoado bastante. É o ano das grandes decisões. O que decides pode afectar o rumo da tua vida daqui para adiante, unless que queiras desperdiçar o teu tempo. E é em cima disso que há tanta pressão. O fim do ano aproxima-se, tal como os exames e as candidaturas para as faculdade. E, surprise, a tua decisão ainda não está tomada. O tempo corre, já fizeste os exames, já tens as notas dos exames, e quando dás por ti ... oops! estás com o papel na mão, a candidatares-te para uma faculdade e um curso dos quais não tens certeza alguma, mas que tens de ir, porque tem de ser. Na minha opinião aí é que se encontra o cerne do problema.
Irrita-me profundamente saber que posso ter de decidir em 5 minutos a minha vida, sim a minha vida porque muito provavelmente vai alterar tudo, vou perder muitas coisas e eventualmente ganhar outras, mas será que são essas as coisas que quero?
Há quem tenha grandes paixões, sonhos de uma vida inteira. Eu conheço muita gente assim, and I truly envy, mas representam apenas uma média-baixa percentagem de jovens (the lucky ones). Em seguida há o grupo de maior percentagem, média-alta - "Os indecisos". Aqueles que têm um dilema a sua frente e que por isso mesmo têm 50% de probabilidades de "acertar", mas caso tal não aconteça vêm passar por si um ou mais anos de vida. Last but not least, "the poor ones". O grupo que representa uma pequena-mínima-substancial percentagem, do qual faço tristemente parte, que dão praticamente um tiro no escuro, um salto sem pára-quedas, porque não têm capacidade ainda para decidir sobre o seu futuro e vendo-se obrigados a tal, acabam por fazer sempre a escolha errada.
C'mon? Por favor, como é possível que nos peçam algo tão grande, superior a nossa capacidade de projecção do futuro, embora que seja o nosso futuro, quando ainda estamos a descobrir e a formar a nossa identidade. Há uma necessidade de tomar esta escolha, mas não sei se esta é altura certa. Eu pessoalmente não me sinto preparada para fazer essa escolha, e pior é sentir que daqui a dois meses também não estarei apta.
Ok, vamos ver os dois lados do problema.
Sim, por um lado é bom, sermos "obrigados" a fazer escolhas amadurece-nos, ajuda-nos a definir objectivos a longo prazo como as "pessoas grandes" fazem. E é assim que nos tornamos adultos responsáveis, e cidadãos cumpridores da lei.
On the other hand, penso que muitos de nós ainda não apresentam maturidade ou até mesmo vivência suficiente para decidir qual será a nossa profissão e consequente vida nos próximos 50 anos de vida. É muita responsabilidade para alguém tão novo, confuso e imprevisível como um adolescente.
E há sempre tantas boas escolhas, possibilidades, probabilidades, prós e contras. Temos de estar cientes do que estamos a fazer.
Não quero acordar daqui a 20 anos a pensar na miséria que é a minha vida e que talvez não fosse assim se eu tivesse feito outra escolha uma provavelmente mais acertada. Por outro lado, quero tomar esta decisão, porque preciso de tomá-la. Não quero pensar que vou mudar de ideias sobre o meu futuro em cada 5 minutos e por isso nunca ser apta a fazer a melhor e a mais acertada escolha.
Há qualquer coisa tão assustadora e gigante nesta escolha, que me deixa de mãos e pensamentos atados. E é sempre uma aposta, uma aposta no nosso futuro, é bem verdade. Mas depois vem sem garantias imediatas, sem certezas. E não posso para de pensar sobre as coisas que posso eventualmente perder, tudo por uma escolha mal feita.
Há escolhas tão claras na vida, porque não há realmente nenhuma escolha a fazer, porque não é este o caso? I'm just scared.
E o mais chato destas escolhas é que vêm sempre nas alturas erradas.
Vem numa altura em que me sinto particularmente sozinha. Sinto falta de ter alguém especial perto de mim, alguém me entusiasme com um sorriso, algo que me liberte desta letargia impregnada na minha alma. Alguém que me liberte deste cansaço constante e imenso da minha realidade, do meu presente. Dessa tristeza que se traduz na incapacidade de comandar e controlar alguma coisa. Dessa irritação por só ter uma única certeza que é a incerteza e imprevisibilidade do amanhã.
At least that's what I think I feel...
See ya
kiky <3
Ps: Yup, sou um pouco dramática. Hoje, sábado, é o almoço oficial do aniversário da Mommy. Ainda não tive possibilidade de rever o post, sorry
"Façam o Favor de Ser Felizes"- Raul Solnado