Foste tu que me tornaste assim... tão carente.
Mimaste-me. Oh, como mimaste-me tu.
Como pude não viciar-me em ti? Responde-me. Como pude não viciar-me em ti?
Como pude não habituar-me à tua essência e deliciar-me da energia vital que trazias?
Tu, um ser completo. De tudo um pouco. De tudo um nada.
Eu, um ser tranvestido. Incompleto por natureza. Reduzido pelo vida.
Que viste tu em mim?
Perguntei-te tantas vezes. Que viste tu em mim?
Respondeste-me outrora que fora o brilho incessante que a lua tinha vista dos meus olhos. Tão brilhante quanto sol. Tão grandiosa quanto o mar.
Mentiste-me.
Eu já não vejo a lua há muitos sóis.
Quem tem te deu o direito de arrebatares a minha alma e de te contentares do meu fraco ser?
Esperavas que te deixasse escapar impune, de rompante, sem um pesar de olhos?
Conheces-me mal.
Como eras tu belo. Uma alegria para os olhos de uma pobre plebeia.
O meu ponto de encontro. O meu oposto feliz.
Era suposto ser um final feliz. Eu e tu. Tu e eu.
Mas tu morreste-me e eu desvaneço cada dia mais.
"Façam o Favor de Ser Felizes" - Raul Solnado
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